Bolsista do CPQD ganha prêmio internacional pelo Projeto Teranet Fase 2
Carine Mineto, bolsista na área de Conectividade e Energia da Organização, ganhou o prêmio Corning Women in Optical Communications Travel Grant pelo projeto Teranet Fase 2, desenvolvido pelo CPQD. O programa internacional é oferecido pela tradicional sociedade científica, Optical Society, fundada em 1916, e cuja missão é promover estudos, aplicações e disseminar conhecimentos na área de óptica e fotônica.
Essa premiação visa apoiar e incentivar a equidade de gênero na área da ciência, sendo assim, selecionou e premiou dez mulheres de diferentes nacionalidades com subsídios para realizar a viagem e a inscrição da maior e mais importante conferência na área de Comunicações Ópticas: o Optical Fiber Communication Conference (OFC). Carine Mineto foi a única mulher da América Latina a ser premiada em 2022.
O projeto Teranet Fase 2 submetido ao programa tem como objetivo prover um sistema de alta capacidade da internet com velocidades acima de um terabyte por segundo (Tpbs), ampliando, portanto, a potência de transmissão dos sistemas ópticos. “Atualmente, no mercado, a velocidade gira em torno de 400 Gigabytes por segundo (GB/S) e, com esse projeto, nós queremos ir além”, comenta Carine.
De acordo com a bolsista, embora a estrutura de Comunicação Óptica para a internet já esteja consolidada, não significa que será suficiente para as demandas futuras do 5G e, posteriormente, do 6G, os quais demandarão mais dados e maior velocidade da rede. “Projetos como esse permitem que reuniões remotas e videoconferências aconteçam com qualidade e rapidez de conexão. Com a pandemia, aumentou muito o tráfego de dados, mas não ficamos sem internet. Sem essa estrutura não seria possível trabalharmos em home office”, explica.
Carine ainda ressalta a importância do aprimoramento da estrutura, a fim de evitar possíveis apagões da rede. Para ela, o Teranet Fase 2 é fundamental para a existência de uma internet com maior velocidade, possibilitando ao cidadão se conectar mundialmente e de qualquer lugar do mundo.
Formada em engenharia elétrica pela Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) e, atualmente, mestranda na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Carine busca incentivar meninas e mulheres a fazer ciência. “Eu saí de uma cidade de 5 mil habitantes, estudei a vida toda em escola pública e sempre fui muito empenhada. Eu sou muito grata por estar onde estou e pelo prêmio que recebi, mas eu não quero estar ali sozinha. Eu desejo impactar o meu mundo e fazer tudo o que está ao meu alcance para motivar as meninas a correr atrás de seus sonhos e conquistá-los, independentemente das dificuldades. É possível fazer ciência”, conclui.