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7 de fevereiro de 2024

Governo federal destina R$ 23 milhões para criação de laboratório e observatório nacional de blockchain em parceria com a RNP e CPQD

Iniciativa, batizada de Projeto Ilíada, terá a coordenação da Softex

Um dos pilares da chamada Web 3.0 – a internet com serviços descentralizados -, a blockchain tem-se tornado cada vez mais importante para empresas e governos. Para avançar no uso da blockchain no Brasil, o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) firmou uma parceria com a RNP (Rede Nacional de Ensino e Pesquisa), o CPQD e a Softex para a implantação do Projeto Ilíada. Serão destinados R$ 23 milhões para ações de pesquisa e desenvolvimento tecnológico em soluções com blockchain.

O programa também prevê a criação de um observatório, que ficará responsável por monitorar iniciativas de desenvolvimento e adoção dessa tecnologia em setores como academia, governo e indústria. Além disso, o projeto irá implantar um testbed para a experimentação em blockchain – ou seja, um laboratório multiusuário e distribuído com a capacidade de permitir a criação sob demanda de redes blockchain baseadas em diferentes frameworks de desenvolvimento -, para o uso de pesquisadores de universidades e empresas.

A Softex ficará responsável pela coordenação do projeto, enquanto a RNP e o CPQD irão cuidar da execução. A ação faz parte dos Programas e Projetos Prioritários de Informática (PPI), iniciativa que visa promover o desenvolvimento em ciência, tecnologia e inovação, áreas consideradas estrategicamente relevantes ao Brasil.

“A questão motivadora central do Projeto Ilíada é a necessidade de empreender ações de pesquisa e desenvolvimento tecnológico para acompanhar o estado da arte da blockchain, contribuindo para que o país também tenha o domínio da tecnologia. Além disso, o projeto visa contribuir para o amadurecimento do ecossistema blockchain no Brasil”, explica Leandro Ciuffo, diretor-adjunto de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da RNP.

O CPQD trabalha com projetos de pesquisa e desenvolvimento (P&D) envolvendo as tecnologias blockchain e de identidade digital descentralizada desde meados de 2018. Como parte de seu programa de inovação aberta, resultados de projetos de P&D têm sido utilizados por empresas, principalmente startups, para a criação de produtos e soluções para diferentes mercados. “O CPQD tem colaborado ativamente com o desenvolvimento do ecossistema blockchain do Brasil. Participamos, por exemplo, desde o início das atividades do CT-Blockchain da RNP, onde nasceram as primeiras ideias sobre o escopo do Projeto Ilíada”, lembra Reynaldo Formigoni, gerente de Soluções Blockchain do CPQD.

O Projeto Ilíada terá duração até 25 de janeiro de 2026. Além da criação do observatório e do testbed, a iniciativa também irá selecionar pesquisadores de instituições acadêmicas e startups para a criação de aplicações baseadas em blockchain. A ideia é promover o desenvolvimento de projetos que usem essa tecnologia.

Usos da blockchain

A blockchain funciona como um meio de se registrar e armazenar transações entre usuários de um sistema, como se fosse um livro-caixa. Com essa tecnologia, fica mais fácil proteger informações pessoais e prevenir fraudes, já que a alteração ou falsificação dos dados em uma rede blockchain é extremamente complexa. Por se tratar de um banco de dados descentralizado, as informações não ficam guardadas em único local, tornando-as mais seguras e dificultando que um invasor possa comprometer esses dados.

Outro ponto importante é que o uso da blockchain dá mais transparência às transações, já que qualquer atividade pode ser rastreada pelos usuários do sistema. A RNP, por exemplo, adotou o blockchain na emissão de diplomas digitais. Já o governo federal vem usando essa tecnologia na emissão da Carteira de Identidade Nacional.

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