CPQD e PUC-Campinas inovam com lançamento de residência tecnológica
Programa de Capacitação Tecnológica tem como objetivo suprir demanda do mercado profissional nas áreas de IA, IoT e Segurança Cibernética
O CPQD e a PUC-Campinas lançaram, em fevereiro, um Programa de Capacitação Tecnológica em Inteligência Artificial (IA), Internet das Coisas (IoT) e Segurança Cibernética, que será oferecido – de forma gratuita – a estudantes e profissionais interessados em ingressar nessas áreas. Com início em 15 de março, o programa prevê um processo de 18 meses, dividido em duas fases: teórica (no formato on-line) e prática. A primeira será oferecida pela Universidade e a segunda, pelo CPQD.
O lançamento oficial da iniciativa aconteceu em cerimônia realizada no dia 16/02, no Mescla Campus da PUC-Campinas, e marcou o início de um Programa de Capacitação Tecnológica que será conduzido pelo CPQD em parceria com universidades brasileiras. Trata-se de um Programa Prioritário de Interesse Nacional (PPI), que conta com o apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e é coordenado pela Softex, com o objetivo de preparar e capacitar estudantes universitários de cursos relacionados à tecnologia, bem como profissionais com interesse em IA, IoT e Segurança Cibernética, mas sem experiência prévia nessas áreas.
“Estamos lançando com a PUC-Campinas a semente de um projeto inédito, de dois anos de duração, que resgata o papel do CPQD junto às universidades com foco no cumprimento da missão da organização de contribuir para a riqueza do país e o bem-estar da sociedade”, afirmou na cerimônia o presidente do CPQD Sebastião Sahão Júnior. Para ele, a parceria combina o que há de melhor da organização, com a atuação em tecnologias de ponta, e todo o know-how da universidade na formação teórica do aluno. “Junto à PUC-Campinas, vamos capacitar e criar oportunidades para profissionais altamente qualificados atuarem em grandes projetos no CPQD e no mercado. Isso é uma importante contribuição para a nossa sociedade”, destacou.
Já o reitor da PUC-Campinas, Germano Rigacci Júnior, enfatizou que a iniciativa está alinhada à vocação da Universidade que, dessa forma, dá sua contribuição para a redução do déficit profissional nessas áreas da tecnologia. “A parceria entre a PUC-Campinas e o CPQD torna mais completa a formação profissional e humana de nossos estudantes. Essa união é uma oportunidade para que eles possam crescer e também elevar a qualidade do conhecimento construído. Além disso, a Universidade já compõe o ecossistema de inovação da região e o tema é um dos eixos estratégicos da instituição, o que contribui para a consolidação de um ambiente próspero para inovar”, comenta o reitor.
A importância da parceria entre a universidade e o CPQD para o ecossistema de inovação de Campinas foi destacada pela secretária de Desenvolvimento Econômico, Tecnologia e Inovação do município, Adriana Flosi, que representou o prefeito Dário Saadi no evento. “Essa interação visando formar mão-de-obra de qualidade para o ecossistema de ciência e tecnologia de Campinas é muito importante porque contribui para a geração de mais empregos e oportunidades para as pessoas e, também, para a inovação, que é o grande diferencial da cidade”, disse Adriana.
Para Eniceli Rodrigues Moraes Pinto, gestora de projetos do CPQD, a iniciativa busca suprir um gap de mercado em Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs). “Identificamos uma carência de profissionais capacitados e com experiência para atuar em projetos nas áreas de IA, IoT e Segurança Cibernética. O programa vai contribuir para qualificá-los a atuar com maior expertise em projetos de tecnologias emergentes e de ponta”, ressalta.
Diane Teo de Moraes, gerente do Programa Mescla (hub de inovação da PUC-Campinas), também identifica o potencial de crescimento no setor. “Temos percebido o déficit de profissionais preparados para atender esses mercados. O Programa de Capacitação com Residência oferecido em parceria com o CPQD e Softex é uma iniciativa com impacto direto em um mercado tão promissor e estratégico”, reforça.
O programa
Considerado uma residência tecnológica, o projeto utiliza a metodologia PBL (Project Based Learning), em que os estudantes vão aplicar o conhecimento teórico prévio em uma situação problema. Mas a grande inovação desse programa é que os participantes vão atuar em situações reais, em projetos do CPQD e de possíveis parceiros, com grau de desenvolvimento tecnológico avançado, de acordo com as necessidades do mercado.
As inscrições para participação no programa foram encerradas na quarta-feira, 1.º de março. Em pouco mais de três semanas, mais de 500 estudantes fizeram sua inscrição – o que demonstra o sucesso da iniciativa para atender uma demanda do mercado. Desse total, serão selecionados 160 estudantes, que passarão pelos cursos de Ciência de Dados e Machine Learning. Em seguida, ainda na trilha de aprendizagem, os alunos poderão escolher entre os cursos de Visão Computacional, NLP, Fala e Segurança Cibernética. Nessa fase do treinamento, serão seis aulas semanais, sendo quatro síncronas (ao vivo) e duas assíncronas (gravadas), na modalidade online.
Finalizada a parte teórica, os inscritos passarão por uma banca avaliadora, que irá selecionar 80 estudantes para seguir para a prática, no CPQD. Serão 20 horas semanais, divididas entre o treinamento presencial e o online. Nessa fase, com duração de nove meses, os estudantes receberão uma bolsa para subsidiar a formação prática no CPQD.