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6 de fevereiro de 2023

CPQD participa de projeto Embrapii com foco em aplicações do 5G na indústria 4.0

Projeto envolve três unidades Embrapii, três empresas do setor de telecom e duas startups, que irão criar e testar aplicações em uma rede privativa 5G real

Criar aplicações para o chão de fábrica suportadas pela tecnologia 5G, em larga escala, que serão testadas em uma rede privativa real, como um testbed de demonstração de indústria 4.0. Esse é o principal objetivo de um novo projeto conduzido pela Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial) em parceria com três centros de pesquisa credenciados em seu ecossistema de inovação – entre eles, o CPQD -, três grandes empresas do setor de tecnologia de telecomunicações e duas startups.

Batizado de Conectividade 5G e EDGE Computing para Transformação Digital na Indústria 4.0 (EDGE5G), o projeto será desenvolvido no modelo Basic Funding Alliance (BFA), uma das ferramentas da Embrapii destinada a fomentar a pesquisa experimental, e envolverá o desenvolvimento de software, hardware e componentes de conectividade para construção da plataforma em que serão validadas as aplicações industriais. O contrato para início da pesquisa foi firmado no dia 18 de janeiro e os trabalhos serão desenvolvidos até janeiro de 2026. O investimento será de R$ 9 milhões da Embrapii e R$ 900 mil dos parceiros.

“A Indústria 4.0 está provocando enormes mudanças nos modelos de produção no Brasil e em todo o mundo. A Embrapii investe neste setor porque é a nova fronteira industrial. As novas tecnologias estão possibilitando melhores resultados de produtividade e eficiência, o que significa fortes impactos econômicos, mais geração de empregos e renda. Ou seja, com mais inovação, conectividade e inteligência, conseguimos impactar não apenas a indústria, mas a vida das pessoas em geral”, destaca Igor Nazareth, presidente da Embrapii.

Além do CPQD, unidade Embrapii para comunicações avançadas, participam do projeto o Polo de Inovação do IFPB (Instituto Federal da Paraíba), unidade credenciada na área de sistemas para manufatura, o Inatel (Instituto Nacional de Telecomunicações), unidade Embrapii para comunicações digitais, as empresas Cisco, Prysmian e MPT Condutores e, ainda, as startups Taggen e Data Machina.

“O 5G traz uma série de oportunidades para a indústria, mas ainda carece de respostas em relação à sua aplicabilidade. Esse projeto reúne competências de três unidades Embrapii para buscar respostas, unir diferentes tecnologias e testar  uma solução segura e acessível, sobretudo a pequenas e médias empresas”, ressalta Gustavo Correa, líder do projeto pela Unidade Embrapii CPQD. “O desafio é ter, em um futuro próximo, uma plataforma nacional  IoT Industrial habilitada pelo 5G”, acrescenta.

Os resultados desse trabalho abrangem desenvolvimentos em Internet das Coisas (IoT, na sigla em inglês), Inteligência Artificial (IA), computação de borda, realidade aumentada e segurança de dados destinados a trazer ganhos de produtividade para a indústria, em diversas aplicações. Entre elas, destacam-se o rastreamento em tempo real de um produto ou robô logístico (AGV, AMR, etc) com alta precisão, dentro de um galpão, até a criação de alertas ou políticas de bloqueio de terminais IoT, de modo a evitar a possibilidade de comprometimento de uma planta industrial na mira de ataques cibernéticos.

O projeto pretende potencializar a conectividade industrial para aplicação em tempo real, sensoriamento e coleta de dados industriais, a partir da integração entre as tecnologias de comunicação, incluindo 5G e computação de borda, entre outras. A expectativa é que as futuras descobertas possam ser aplicadas em diversas áreas que envolvem produção intensiva com equipamentos automatizados, como as indústrias da aviação, cosméticos e agropecuária.

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