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19 de agosto de 2019

Estratégia Brasileira de Redes 5G: CPQD envia 18 contribuições à consulta pública do MCTIC

O CPQD apresentou um total de 18 contribuições, em quatro eixos temáticos, à consulta pública realizada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) com foco na elaboração da Estratégia Brasileira de Redes 5G. Encerrada no dia 31 de julho, a iniciativa do MCTIC teve como objetivo colher subsídios para o documento, que deverá trazer um diagnóstico de desafios e um mapeamento das oportunidades propiciadas pela implantação da tecnologia 5G no Brasil.

No eixo temático Aplicações, o CPQD contribuiu com oito sugestões, nas áreas de cidades inteligentes, agronegócio, indústria 4.0, utilities, defesa e segurança pública, saúde, educação e radiodifusão (com abertura de novas oportunidades em comércio eletrônico, infotainment e educação, entre outras). Em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação, foram seis contribuições – entre elas, a criação no país de uma Rede Experimental Nacional em que pesquisadores, empresas, professores e alunos tenham condições de trabalhar com redes 5G e IoT efetivamente operacionais, favorecendo a pesquisa aplicada. Além disso, o CPQD apresentou duas contribuições referentes ao tema Segurança e outras duas no eixo Radiofrequência.

“Na área de radiofrequências, estamos propondo o uso de sistemas de compartilhamento dinâmico de espectro, de modo a atender às recomendações da União Internacional de Telecomunicações (UIT) e, ao mesmo tempo, resolver o problema da limitação de espectro disponível, que não é exclusivo do Brasil”, afirma Gustavo Correa Lima, líder da Plataforma de Comunicações Sem Fio do CPQD. A recomendação leva em conta soluções adotadas em outros países – em particular, da Europa e os Estados Unidos – que preveem o acesso compartilhado a espectros licenciados.

“No caso do 5G, o compartilhamento dinâmico de espectro, principalmente em faixas que já usam a tecnologia em outros países, permitiria a harmonização internacional do espectro e a inserção do Brasil em um ecossistema de fornecedores já existentes”, explica. E isso, segundo a proposta do CPQD, agregaria maior potencial de disseminação da tecnologia 5G em áreas rurais, em regiões de baixa atratividade comercial e, principalmente, em redes limitadas privadas.

A outra sugestão apresentada para o tema radiofrequência está relacionada à implantação de redes IoT (Internet das Coisas). Em sua contribuição, o CPQD lembra que as frequências inferiores a 1GHz – conhecidas como sub-GHz – são consideradas mais propícias para esse uso e que, no Brasil, as faixas licenciadas de 450 MHz e de 700 MHz têm sido utilizadas em diversos testes das operadoras de Serviço Móvel Pessoal (SMP). Além disso, destaca o emprego da faixa de 250 MHz em redes limitadas privadas, em setores como agronegócio e indústria 4.0.

“Com o atual impasse sobre a destinação da faixa de 450 MHz e a disponibilidade de 10+10 MHz na faixa de 700 MHz para leilão SMP, sugere-se que todas, ou pelo menos partes destas faixas, sejam canalizadas em blocos de 200 KHz”, propõe o CPQD. Segundo a organização, essa recomendação está apoiada no cenário atual de tecnologias propostas ao ITU-R WP 5D – grupo de trabalho da UIT (ITU, na sigla em inglês) responsável pelos aspectos gerais dos componentes de rádio dos sistemas de Telecomunicações Móveis Internacionais (IMT) -, em que 200 KHz é a menor largura de banda de cada canal prevista para uso de IoT no 5G.

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