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2 de junho de 2023

MCTI e Embrapii anunciam CPQD como Centro de Competência em Open-RAN

Modelo inédito no Brasil, os Centros de Competência Embrapii irão colocar o país no mapa global das tendências em inovação em áreas de fronteira tecnológica, como 5G e 6G, Open-RAN e tecnologias imersivas para mundos virtuais

O CPQD é o novo Centro de Competência Embrapii em Open-RAN (Open Radio Access Networks), área em que já vem atuando desde 2018 – e que envolve o desenvolvimento de tecnologias abertas para a infraestrutura de redes de telecomunicações. O anúncio foi feito pelo Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) em conjunto com a Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial), em evento realizado no dia 24 de maio, quando foi apresentada essa iniciativa inédita no país: a criação de Centros de Competência (CCs) em áreas de fronteira tecnológica, destinados a colocar o Brasil no mapa global das tendências em inovação.

No evento, realizado no MCTI, foram anunciadas as instituições selecionadas para a formação dos três primeiros Centros de Competência Embrapii, nas áreas de 5G e 6G, tecnologias imersivas aplicadas a mundos virtuais e Open-RAN (Open Radio Access Networks). A iniciativa conta com recursos financeiros oriundos do Programa Prioritário PPI IoT/Manufatura 4.0 – que foi foco da Chamada Pública 01/2022. No total, serão investidos R$ 180 milhões, no período de 42 meses, para a realização de pesquisas nos três setores já definidos e para a formação de competências tecnológicas. Com o apoio dos CCs, a indústria brasileira poderá acompanhar esse movimento e acessar as possibilidades oferecidas por tecnologias ainda emergentes.

“Estamos recuperando os investimentos na produção de conhecimento, especialmente em tecnologias altamente especializadas. Nesse sentido, os Centros de Competência Embrapii serão fundamentais na estratégia de reindustrialização do país em novas bases”, disse a ministra Luciana Santos, da Ciência, Tecnologia e Inovação. “Esse modelo de apoio à inovação concebido pelo MCTI com a Embrapii significa a união entre a academia e o setor produtivo em busca de soluções para as demandas e desafios da indústria do futuro. Ao criar hubs de inovação, os Centros de Competência vão atrair mão de obra qualificada, estimular atividades de pesquisa e desenvolvimento, além de formar recursos humanos e contribuir para o desenvolvimento de soluções de alta complexidade tecnológica”, enfatizou.

No caso do Open-RAN, a intenção é permitir a combinação de soluções tecnológicas, independentemente do fornecedor, a partir de especificações abertas. Isso abrirá caminho para o surgimento de novas empresas no segmento e permitirá que as operadoras de redes utilizem soluções e componentes de fornecedores distintos.

“Com esse projeto do Centro de Competência Embrapii em Open-RAN, o CPQD assume mais um desafio que nos dará a oportunidade de contribuir para gerar mais empregos, reduzir as desigualdades e trazer mais valor para a nossa sociedade. Essa é a missão do CPQD desde que foi criado e esse é o compromisso que estamos assumindo com este projeto”, ressaltou no evento o presidente Sebastião Sahão Júnior. “Afinal, nossa missão não é a tecnologia pela tecnologia mas, sim, a tecnologia que traga algum benefício para o cidadão. E esse é o caso do Open-RAN, que vai permitir a democratização das telecomunicações a partir do desenvolvimento de tecnologias para redes abertas”, completou o presidente do CPQD.

Além do CPQD, outros dois Centros de Competência Embrapii foram anunciados no evento: o Instituto Nacional de Telecomunicações – Inatel, de Santa Rita do Sapucaí (MG), que vai atuar na área de Tecnologia e Infraestruturas de Conectividade 5G e 6G, e o Centro de Excelência em Inteligência Artificial da Universidade Federal de Goiás (CEIA-UFG), para a área de Tecnologias Imersivas Aplicadas a Mundos Virtuais.

De acordo com a Embrapii, os CCs irão potencializar e fortalecer as ICTs que já possuem competência na respectiva área temática, bem como desenvolver conhecimentos para atender aos desafios tecnológicos empresariais. Além disso, deverão se tornar hubs de inovação nas regiões onde estiverem sediados.

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