Open 5G@Campinas debate aplicações e oportunidades trazidas pela tecnologia móvel 5G
Workshop virtual reuniu representantes dos idealizadores dessa iniciativa de inovação aberta
Por: Rosa Sposito
(Pimenta Comunicação)
As aplicações, desafios, projetos e o futuro das tecnologias de comunicação móvel – 5G, 6G e outras gerações que virão – foram alguns dos assuntos abordados no workshop promovido pela iniciativa Open 5G@Campinas, na tarde do dia 15 de dezembro. Em formato online, o evento reuniu em um painel representantes dos idealizadores dessa iniciativa de inovação aberta: CPQD, Embrapa, Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), Prefeitura Municipal de Campinas, Unicamp, PUC Campinas e a operadora TIM.
Com mediação de Alberto Paradisi, diretor do CPQD, a mesa redonda foi aberta a todos os interessados e teve como objetivo promover a interação entre os diversos atores do ecossistema de inovação 5G. Participaram do painel Eduardo Grizendi, da RNP; Christian Rothenberg, da Unicamp; Stanley Oliveira, da Embrapa Agricultura Digital; Ralph Heinrich, da PUC Campinas; Eder Foga, da Prefeitura de Campinas, e Anderson Marinho, da TIM.
Um dos assuntos discutidos foram as novas aplicações que a tecnologia 5G deverá habilitar, por exemplo, em redes privativas. Na visão de Anderson Marinho, são aplicações específicas, que exigem menor latência, principalmente em setores como logística (sobretudo portuária), agroindústria, automotivo e serviços públicos. “São os setores que, no momento, têm apresentado demanda por aplicações 5G”, disse o representante da TIM.
Stanley Oliveira, da Embrapa, falou sobre as oportunidades de inovação que o 5G deverá trazer para o agronegócio. “Ao habilitar novas aplicações, baseadas por exemplo em realidade imersiva, a tecnologia 5G permitirá democratizar a informação e levar conhecimento e capacitação também para pequenos e médios produtores rurais”, afirmou.
Eder Foga, da Prefeitura de Campinas, enfatizou que o 5G trará oportunidades tanto para produtores rurais como para as cidades da região, que poderão contar com recursos avançados para a implantação de aplicações de Internet das Coisas (IoT). “O potencial do 5G para a gestão pública é formidável, na medida em que tornará viável o uso de diversas ferramentas de gestão e de aplicações para cidades, como controle do trânsito, entre outras”, disse.
Já Eduardo Grizendi, da RNP, destacou a importância do 5G também para atender às demandas da comunidade acadêmica por infraestrutura adequada para a pesquisa, desenvolvimento e inovação, bem como para a realização de testbeds de novas tecnologias. Nesse sentido, mencionou o programa OpenRAN@Brasil, que vem sendo conduzido pela RNP em conjunto com o CPQD com o objetivo de apoiar o desenvolvimento do 5G no país com base em padrões abertos.
A formação de profissionais para atuar no novo cenário da tecnologia 5G foi outro tema de destaque no workshop. “O 5G é multidisciplinar e criar um treinamento nessa área é um desafio”, enfatizou o professor Christian Rothenberg, da Unicamp. “Além de engenheiros de várias especialidades e de profissionais de TI, é preciso envolver urbanistas, gestores de saúde e de outras áreas usuárias da nova tecnologia para atuar junto, em um programa multidisciplinar”, completou Ralph Heinrich, da PUC Campinas.