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3 de outubro de 2024

Programa-piloto em escolas do Distrito Federal mostra que tecnologia 5G FWA é alternativa para levar internet à sala de aula

Parceria entre Ministério das Comunicações, Governo do DF, CPQD, Intelbras e operadoras Claro e TIM realizou os testes em seis escolas públicas

Rosa Sposito/Pimenta comunicação

A tecnologia 5G FWA (Fixed Wireless Access, ou acesso fixo sem fio) é uma alternativa viável para levar banda larga a escolas sem acesso à conectividade no país. Essa é a conclusão de um projeto-piloto conduzido pelo Ministério das Comunicações e o governo do Distrito Federal (DF) – que contou com o apoio do CPQD -, a partir de testes realizados em seis escolas públicas de educação básica do DF selecionadas para avaliar a tecnologia.

“O resultado mais importante que pudemos constatar é que esta tecnologia ofereceu velocidades que podem atender ao nosso programa Escolas Conectadas. Ou seja, ela pode tornar os projetos de conexão de escolas mais viáveis e acessíveis, além de reduzir o tempo de implementação. Desta forma, é mais uma opção entre as diversas alternativas que dispomos, como fibra ótica e conexão satelital, de acordo com a localidade da unidade escolar. O nosso compromisso é para que todas as 138 mil escolas de ensino básico no Brasil tenham internet banda larga e conexão Wi-Fi até o final de 2026”, afirma o ministro das Comunicações Juscelino Filho.

Com dois meses de duração, o piloto teve como objetivo avaliar o uso da tecnologia 5G FWA para fins pedagógicos. Para isso, foram escolhidas escolas situadas em localidades distintas do Distrito Federal, a até 800 metros de distância da torre da operadora móvel – o link de acesso à rede 5G foi fornecido pelas operadoras Claro e TIM. Na escola, o sinal 5G recebido pelo CPE foi distribuído localmente.

“Uma vantagem importante é a facilidade de implantação da rede sem fio”, afirma Gustavo Correa Lima, gerente de Soluções de Conectividade do CPQD. A equipe do CPQD foi responsável pela implantação da rede e a instalação dos equipamentos nas seis escolas selecionadas para o piloto, que aconteceu nos meses de março e abril. Uma metodologia foi desenvolvida especificamente para ajudar na definição dos melhores pontos de cobertura e da distribuição dos repetidores Wi-Fi dentro de cada escola. 

Além disso, a equipe da área de Soluções de Conectividade desenvolveu um sistema de monitoramento remoto das CPEs – que foram fornecidas pela Intelbras – visando avaliar o desempenho da rede 5G FWA nas escolas. A CPE utilizada nos testes é resultado de um projeto desenvolvido pela Intelbras com recursos do Funttel (Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações), visando o domínio dessa tecnologia pelo Brasil, com produção e desenvolvimento nacional.

A frequência usada no piloto foi a de 3,5 GHz e a velocidade máxima alcançada durante os testes chegou a 945 Mbps em uma das escolas, de acordo com o relatório produzido pelo CPQD. 

“Com os testes, verificamos que as velocidades médias ficaram entre 480 e 580 Mbps de download, com pico de até 912 Mbps. Assim, até o momento, a tecnologia mostrou-se adequada para conectar escolas com até 500 alunos no turno de maior movimento. Agora, nós vamos fazer uma nova etapa de testes, desta vez com as antenas instaladas externamente às escolas, para vermos o quanto os resultados serão melhores”, disse Hermano Tercius, secretário de Telecomunicações do Ministério das Comunicações.

De acordo com os parâmetros definidos na Enec (Estratégia Nacional de Escolas Conectadas), a conexão de internet nas escolas deve ter velocidade de 1 Mbps por aluno no maior turno. As velocidades médias auferidas nos testes indicam que o 5G FWA pode atender os critérios de velocidade da Enec para a conexão de escolas. O piloto envolveu um total de 2.456 alunos, nas seis escolas.

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