Teses de Inovação orientam seleção de investimentos pelo Ventures CPQD
A escolha das startups e oportunidades de investimento pelo Ventures CPQD – venture building de base tecnológica que será lançado no Web Summit Rio 2023 – segue parâmetros e critérios estruturados em Teses de Inovação. No início, as Teses de Inovação do Ventures estão focadas em quatro áreas, nas quais o CPQD já atua em parceria com startups, empresas, investidores, open corps e outros atores, dentro de ecossistemas de inovação aberta.
Estas são as Teses de Inovação e alguns parceiros :
Agro Sustentável
O propósito é promover a sustentabilidade socioambiental e o acesso à inovação digital com geração de valor para todos os produtores rurais. As principais demandas de soluções nessa área são: gestão de ativos ambientais; rastreabilidade segura; conectividade rural; gestão da propriedade, manejo digital sustentável e crédito rural ágil.
Para atender essas demandas, o CPQD oferece competências e tecnologias de Inteligência Artificial (IA), Internet das Coisas (IoT), Blockchain e Conectividade, que já vêm sendo utilizadas no desenvolvimento de soluções em parceria com agtechs. Entre elas, podem ser destacadas a Bem Agro, a Databoi, a Safe Trace, a AgroBee e as duas startups selecionadas como primeiras parceiras do Ventures CPQD: Sintropica Capital Natural e Green Bonds Brasil.
O projeto com a Sintropica envolve o desenvolvimento de modelos de IA e o uso de recursos como análise espacial multiespectral para a automação de processos de mapeamento e monitoramento do solo, visando a conservação e restauração de vegetações nativas. Com a Green Bonds Brasil, o objetivo é criar uma cadeia de custódia e tokenização de ativos ambientais, utilizando tecnologia blockchain e identidade digital descentralizada.
Atualmente, o ecossistema de inovação no agro do qual o CPQD participa conta com mais de mil conexões. Além das agtechs, fazem parte desse ecossistema produtores rurais – como a Usina São Martinho, por exemplo -, empresas e entidades do setor – EMBRAPA, Instituto Agronômico de Campinas, Instituto de Economia Agrícola, entre outros -, fabricantes de máquinas e insumos, empresas de TICs e, ainda, órgãos e instituições de fomento, como a EMBRAPII, Finep, BNDES e investidores como AgroVen e Gavea Angels, entre outros.
Saúde Acessível a Todos
Tem como objetivo promover a digitalização do acesso a serviços de saúde, com qualidade, segurança e agilidade, reduzindo as desigualdades nesse acesso. As principais demandas nessa área visam o monitoramento remoto de pacientes, o telediagnóstico e a telemedicina.
Para isso, o CPQD participa do desenvolvimento de soluções em parceria com startups – como wconnect, Caren, N2Med, entre outras – provendo competências e tecnologias de IA, IoT, Blockchain e Conectividade. O ecossistema de inovação em saúde do qual a organização faz parte inclui também o BIOS – Brazilian Institute of Data Science (um dos seis centros de pesquisa aplicada em IA do país) e Hub Mandic – Health Innovation.
Indústria do Futuro
Tem como foco alavancar a digitalização da indústria com processos mais conectados, inteligentes e seguros. Voltada a indústrias de portes distintos, essa tese de inovação também prevê o uso de tecnologias de IA, IoT, Blockchain e Conectividade no desenvolvimento de soluções para atender às seguintes demandas do setor: escalabilidade a baixo custo; integração de diferentes soluções (incluindo legado); previsibilidade da produção; otimização de processos, rastreabilidade e conectividade industrial.
O ecossistema de inovação na indústria integrado pelo CPQD inclui várias empresas e startups – como Alfa Sense, Previsiown, entre outras – e o hub UpLab do SENAI.
Deep Tech Fotônica
No caso dessa tese de inovação, o objetivo é alavancar deep techs (startups que trabalham com inovação disruptiva e tecnologias de ponta) da área de fotônica, com foco em sistemas de monitoramento para operações de missão crítica, especialmente nas áreas de energia, óleo e gás.
Para isso, o CPQD irá oferecer seus ativos tecnológicos para sensoriamento e fotônica. Entre as demandas a serem atendidas, destacam-se a automação de sistemas de monitoramento, desenvolvimento de novos sensores fotônicos para ambientes operacionais hostis e sensoriamento integrado.
O CPQD atua como Laboratório Integrador do Sisfóton – Sistema Nacional de Laboratórios de Fotônica, iniciativa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) que reúne outros dez laboratórios gerais – Embrapa, Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), SENAI, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Universidade Federal de Pernambuco, Universidade Federal de Goiás, Universidade Federal do Espírito Santo, Unicamp, UNESP Araraquara e USP São Carlos. Essa rede faz parte do ecossistema de inovação em fotônica do CPQD, que também inclui outros atores de conhecimento – como a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), por exemplo -, open corps como a Padtec, Furukawa, Nokia e Prysmian, entre outras, além de agentes de fomento e de entidades como a Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica) e a Sociedade Brasileira de Micro-ondas e Optoeletrônica (SBMO).